O Manguito Rotador consiste no conjunto de quatro tendões que envolvem a cabeça do úmero: supra-espinal, infra-espinal, subescapular e redondo menor. Os tendões funcionam como cordas, que unem o músculo ao osso. Desse modo, quando o músculo contrai, a força passa pelo tendão até o osso e temos o movimento da articulação/extremidade.
A síndrome do Manguito Rotador compreende desde tendinites/bursites a ruptura tendínea. Apresenta uma prevalência na população geral em torno de 20%, podendo ocorrer em cerca de 45% da população acima de 70 anos. A principal causa de ruptura do manguito rotador é por degeneração do tecido, em decorrência da idade. Por isso, temos uma prevalência maior destas lesões em pacientes mais velhos. Também, pode ocorrer ruptura devido a um trauma, decorrente de quedas ou acidentes.
Essa ruptura pode comprometer parcialmente a espessura do tendão (ruptura parcial) ou toda a sua espessura (ruptura completa). É muito importante definir o tipo de ruptura para indicar o melhor tratamento para o paciente - o qual pode ser conservador ou cirúrgico.
Quando ocorre a ruptura completa de um ou mais tendões do Manguito Rotador, além da dor, o paciente pode apresentar diminuição da força para realização das atividades diárias ou das atividades esportivas. O diagnóstico é realizado por meio de uma avaliação clínica com a coleta da história do paciente e realização do exame físico. Exames complementares como ecografia, ressonância magnética e radiografia podem ser necessários para a confirmação do diagnóstico e para a exclusão de outras patologias.
O tratamento pode ser conservador, com medicação associada à fisioterapia motora e, no caso de lesões que não respondam ao tratamento conservador ou que não tenham indicação para tratamento conservador, pode ser realizado o tratamento cirúrgico (cirurgia aberta ou artroscópica). O tempo de recuperação após o tratamento cirúrgico pode variar de 3 a 6 meses.
Em caso de dúvidas, procure um especialista.
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